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Renato Duque é preso novamente pela PF

Ex-diretor da Petrobras, figura central da Lava Jato, é condenado a 39 anos por corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Renato Duque
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1 mês atrás

Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, foi preso pela Polícia Federal neste sábado, 17 de agosto de 2024, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Duque, uma figura central na Operação Lava Jato e um dos primeiros a ser condenado pelo ex-juiz Sergio Moro, deverá cumprir uma pena de 39 anos em regime fechado, resultado de condenações por corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Duque já havia sido preso e cumprido cinco anos de prisão no Complexo Médico-Penal em Pinhais, mas foi liberado após um acordo para uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, com um novo mandado de prisão expedido pela Justiça Federal de Curitiba em 18 de julho de 2024, ele não foi encontrado até agora. As penas acumuladas de Duque totalizavam inicialmente 45 anos, 9 meses e 19 dias de reclusão, mas após consideração do tempo já cumprido e da remição por atividades na prisão, a pena foi recalculada para 39 anos, 2 meses e 20 dias.

A seguir, veja uma linha do tempo detalhada dos principais eventos relacionados a Renato Duque:

2014: A Operação Lava Jato Ganha Força

A Operação Lava Jato, que teve início em 2014, revelou um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo grandes empreiteiras, políticos e executivos da Petrobras. Renato Duque, à época diretor de Serviços da estatal, foi apontado como um dos principais envolvidos.

Março de 2015: Primeira Prisão

Renato Duque foi preso pela primeira vez em março de 2015 durante a 10ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como “Que País é Esse?”. Ele foi acusado de envolvimento direto no esquema de corrupção que desviava recursos de contratos da Petrobras para partidos políticos.

Setembro de 2015: Condenação por Sergio Moro

Em setembro de 2015, Renato Duque foi condenado pelo então juiz Sergio Moro a 20 anos e 8 meses de prisão por corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Essa foi a primeira de várias condenações que ele enfrentaria.

2016–2021: Prisão no Complexo Médico-Penal

Duque cumpriu parte de sua pena no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Durante esse período, ele colaborou com as investigações, revelando detalhes do esquema de corrupção.

Fevereiro de 2019: Confissões Importantes

Em um depoimento ao juiz Luiz Antonio Bonat, Renato Duque admitiu que José Janene (PP) exigia 5% dos contratos da Petrobras. Ele também relatou a participação de operadores ligados a José Dirceu e confessou que parte da propina que iria para o PT acabou ficando com ele.

Julho de 2021: Liberação com Tornozeleira Eletrônica

Após cinco anos de prisão, Duque foi liberado para cumprir o restante de sua pena em regime domiciliar, monitorado por uma tornozeleira eletrônica. Essa decisão foi baseada em um acordo de colaboração premiada.

Julho de 2024: Novo Mandado de Prisão

Em 18 de julho de 2024, a Justiça Federal de Curitiba expediu um novo mandado de prisão contra Renato Duque, recalculando sua pena para 39 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão. Desde então, ele esteve foragido.

Agosto de 2024: Nova Prisão

Finalmente, em 17 de agosto de 2024, Renato Duque foi localizado e preso em Volta Redonda, Rio de Janeiro. Ele deverá cumprir o restante de sua pena em regime fechado, marcando mais um capítulo na história da Lava Jato e do combate à corrupção no Brasil.

Impacto na Lava Jato

A prisão de Renato Duque reflete a continuidade das consequências da Operação Lava Jato, que desmantelou um dos maiores esquemas de corrupção da história do Brasil. Duque, ao admitir seu envolvimento e fornecer informações valiosas, contribuiu para a condenação de diversos políticos e empresários.

Conclusão sobre Renato Duque

A história de Renato Duque é emblemática no contexto da Lava Jato, evidenciando os efeitos de um rigoroso sistema judiciário no combate à corrupção. Com sua nova prisão, a Lava Jato reafirma seu papel crucial na responsabilização de agentes públicos e privados que cometeram crimes contra o patrimônio público.

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